Hoje, depois que desliguei o telefone, sorri para o espelho e corri para sacada. Sim, acredite, as praias italianas são inigualavelmente românticas. Na verdade, tudo aqui é. Eu sei que devia estar preocupada, afinal, pela primeira vez, eu ouvi você chorar. E, meu bem, não há o que eu possa fazer, há um oceano nos separando.
Eu sei que errei e que devia ter avisado você que viajaria. Mas, o meu erro veio do teu erro.
Espere! Não grite comigo ainda. Talvez, se você tivesse me beijado mais uma vez, apenas. Apenas, mais uma vez. Eu não teria desaparecido. Eu te amo. E, sim, sinto tua falta. Cartas já não adiantam mais, quero ouvir a sua voz. Meu bem, diga baixinho no meu ouvido que desculpa meus erros idiotas, que desculpa minhas atitudes sem sentidos e que sente falta dos meus beijos. Não pare aí na porta. Eu estou te esperando aqui, venha, venha, não grite comigo.
Me feche em seus braços e não pare. Não nos permita parar. Sinto a distância em toneladas no peito que me afogam em longas lágrimas. Só esteja aqui mais uma vez. E espere! Calma. Deixa eu te abraçar. Deixa eu te beijar. Então, amor...
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