Lá estava ela, entrando pela sala. Hoje, estranha. Mais tarde, meu amor. Sua feição ainda nova para mim, refletia toda sua beleza e simpatia que mais tarde eu iria conhecer.
Um rosto puro e sem maldade acolhia pérolas negras como olhos; tão intensos e profundos que com poucos segundos olhando, eu me naufraguei no mais escuro mar que estes lembravam. Lábios carnudos formavam um sorriso indefinido, que tentava esconder sua expressão de ansiedade. Suas bochechas rosadas ganhavam destaque em sua pele clara e brilhante. Ahh seus cabelos... como os olhos, me lembraram muito o mar com suas ondas. Grande parte escuro e frio. Balançava ao vento. Em seu fim, onde as ondas quebravam, era dourado como o néctar dos deuses. Seu cheiro me enfeitiçava e me fazia sonhar, conduzia-me ao mais alto estado de espírito. Esse doce aroma enigmático.
Uma beleza simples e nada exagerada que, mesmo assim, encanta os olhos de qualquer ser que possa amar. Seu toque era suave como pétalas de rosas e me passava muita energia. Mãos leves e delicadas possuíam a mesma perfeição que um quadro renascentista poderia ter. Pernas definidas levavam aos pés pequenos que toda donzela possuí.
Linda. A junção entre bonita e as outras qualidades que nos fazem amar. Perfeita e irreal.
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