quarta-feira, dezembro 12

Clichê


Tudo começa com aquela velha -e clichê- pergunta: Será que é amor? E eu sei a resposta: Não, não é. Eu não amo você. Eu amo os teus olhos que são iguais aos olhos dele. Eu amo a sua boca que tem o mesmo gosto da boca dele. Eu amo o seu cabelo que é tão grosso e mal penteado como o cabelo dele. Eu amo suas mãos que me seguram exatamente do mesmo jeito que as mãos dele. Eu amo ver ele nos seus olhos, e imaginar ele quando eu beijo você. Desculpe, eu não queria mesmo que fosse assim! Mas não é você, não é ninguém, a culpa está em mim que me apaixonei tão desesperadamente por alguém que não era você. Por alguém que nunca disse que estava apaixonado por mim, como você fez. Por alguém que não me mandava "boa noite, minha vida", como você faz. Por alguém que acabou comigo, e que me fez acreditar que é melhor não correr atrás. Que me fez temer ao amor. Que me fez sofrer e chorar. Mas é aquele alguém que me fez acreditar em contos de fada, que me fez acreditar no amor, que me fez ser tão feliz, por tanto tempo. Aquele alguém é quem eu vou amar pelo resto da minha vida. Aquele alguém... que não é você. 

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