quarta-feira, dezembro 19

Condenem-me

Nada do que foi será de novo como já se foi um dia, tudo passa, tudo sempre passará...
Condenem-me se eu for a única, a única que esperou por uma amizade verdadeira, baseada em muito mais do que fofocas de outras amigas e de quantos garotos você já beijos, baseada em amor e confiança. Condenem-me se eu for a única a querer mais do que beijos, de esperar por emoções, condenem-me se eu for a única a perder o meu tempo amando, enquanto eu deveria estar seduzindo. Condenem-me se eu for a única a esperar de amizades, pessoas com quem eu realmente possa dividir como eu me sinta, sem esperar que elas ataquem quem eu amo, condenem-me se eu esperei demais de quem não sabe o que é amizade, o que é emoção e o que é sentimento. Condenem-me pela inveja alheia, condenem-me pelo ódio brilhando em cada olho azul, condenem-me pela mãos de sangue ao arrancar o meu coração, condenem-me pelo sentimento recíproco dos cabelos negros se abrindo em leque na altura dos ombros, condenem-me  pelo meu amor platônico que se arranca de mim, que sufoca meu olhos em lágrimas, que rouba aquilo que não me pertence, que condenem-me enlouquecendo aos prantos de me perder e me entregar. Condenem-me.

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